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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Acacia (2003)

Título Original: Akasia
País de Origem: Coreia do Sul
Ano: 2003
Gênero: Terror/Drama
Direção e Roteiro: Park Ki-hyeong
Elenco: Shim Hye-jin, Kim Jin-geun, Oh-bin Mun e Jeong Na-yun.
Produção: Kang Sung-kyu, Park Ki-hyeong e Yu Yeong-shik

Sinopse: Depois de tentar sem sucesso ter um filho, o Dr. Kim Do e seu pai convencem a sua esposa, Choi Mi, a adotar uma criança em um orfanato. Como sua esposa gosta muito de artes, acaba escolhendo uma criança de 6 anos que gosta de desenhar árvores. No fundo da casa, há uma velha acácia que o garoto cria afeto e passa a tratá-la como mãe depois de acontecimentos misteriosos.

Página do filme no Filmow: http://filmow.com/acacia-t36065/
Página do filme no IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0380164/

Crítica por Nícolas Queiros:

Se você for assistir Acacia com o intuito de distração e cenas assustadoras, é melhor repensar. O terror psicológico de Park Ki-hyeong aposta muito mais no sutil e nas críticas sociais do que no terror enquanto uma diversão (como o cinema slasher americano por exemplo). Apesar de seu lado misterioso (a relação entre o garoto adotado e a árvore) ser baseado em contos e lendas orientais, o que vemos no filme é um trabalho do diretor para trazer o mesmo para uma realidade muito próxima da nossa o tempo todo.


Logo no início do filme, é tratada a questão da adoção como uma visão pejorativa que a sociedade possui a respeito dos casais que decidem adotar. É uma questão delicada e muito cotidiana. A escolha do garoto por conta da sua forma de desenhar mostra como as pessoas tentam julgar pela aparência e, com isso, escolher o “melhor” sempre (Choi Mi escolhe por conta da habilidade artística como forma de apostar que o garoto tenha um QI alto). Por conta dessa análise social que o filme executa, os sustos e cenas “tensas” acabam sendo deixadas de lado, fazendo com que muitos espectadores achem o filme parado e monótono. Claro que a atuação não ajuda muito, valendo apenas ressaltar o ator que faz o garoto adotado, que consegue passar nitidamente a aflição, inocência e ao mesmo tempo revolta por toda situação que lhe rodeia, e a sua amiga que esbanja inocência, simpatia e delicadeza.


A fotografia do filme ganha pontos pelos contrastes, ao exibir planos belos e contemplativos (como as cenas em que o garoto sobe na árvore e observa o pôr-do-sol) e também planos claustrofóbicos (como nos planos de delírio e na sequência final). Há violência no filme e a mesma é muito próxima da realidade da violência familiar vista nos noticiários diariamente (novamente a questão da direção de trazer o filme para a nossa realidade). Sem querer dar spoiler, uma das cenas mais chocantes envolve uma pá e um braço quebrado. Mesmo com a eventual monotonia para os fãs de um gênero mais “eletrizante”, durante o sumiço do garoto o filme consegue colocar uma dúvida nos espectadores que começam a especular possibilidades de acontecimentos e com isso aguardam o desfecho para entenderem a trama (que também possui claros traços de um neorrealismo do diretor, ao mostrar que a realidade não é tão bela como na ficção que costumamos ver nos cinemas).

Nota: 7,5/10

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